Indústria “nobre” perde participação no PIB e se iguala à construção civil



O encolhimento da indústria de transformação no Brasil já iguala sua participação no PIB às áreas menos nobres e mais mal remuneradas do setor, a construção civil e a indústria extrativa mineral. Para empresários e analistas, nem a recente desvalorização do real deverá tirar o setor que mais agrega valor à economia de sua atual crise, marcada por milhares de demissões de trabalhadores treinados e qualificados com alguns dos melhores salários.

Os cortes recordes de 17 mil vagas na indústria paulista em março (173 mil em 12 meses) acentuaram a tendência de perda de participação da indústria de transformação. Ela equivale hoje a 10,9% do PIB, ante quase 20% há duas décadas. Somadas, construção civil e extrativa mineral, que ganharam terreno nos últimos anos com ciclos favoráveis de demanda por moradias e commodities, somam 10,5% (veja quadro).

“Esgotamos todos os instrumentos possíveis para segurar trabalhadores. A perspectiva é ruim”, diz Luiz Moan, presidente da Anfavea, que reúne os fabricantes de veículos, uma das cadeias de produção mais longas e mais bem remuneradas da indústria. O setor, com 140,8 mil empregos, fechou março com 9,4% menos vagas ante o mesmo mês de 2014. Muitos dos demitidos demoraram até cinco anos para chegar ao topo da profissão, com salários acima de R$ 5.000. Na média, a indústria automobilística prevê encolher 13,2% neste ano.

“Quando as montadoras falam em perdas entre 10% e 15%, estamos diante de um desastre. Há toda uma grande e sofisticada cadeia produtiva sofrendo por trás disso”, diz Guilherme Moreira, gerente do Departamento de Economia da Fiesp. Outra área de maior sofisticação, a de máquinas e equipamentos, prevê perdas na produção e faturamento de 30% em quatro anos considerando as previsões pessimistas para 2015. “É uma hecatombe”, diz Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, que reúne fabricantes do setor.

CÂMBIO

O economista David Kupfer, do Grupo de Indústria e Competitividade da UFRJ, avalia como “pequeno” o “oxigênio” que a alta do dólar poderá proporcionar à indústria neste ano. “O câmbio tem sido um elemento paralisante, com variações impossíveis de prever e que impedem grandes planejamentos.” Segundo a Fiesp, na última década a parcela da produção nacional exportada sempre esteve abaixo de 20% (hoje é próxima a 18%). Para 2015, apesar do câmbio um pouco mais favorável, a estimativa é de recuo de 5,3% nas exportações industriais totais.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, apesar de a desvalorização do real favorecer em parte as exportações, a moeda brasileira perdeu pouco de seu valor diante de uma cesta mais completa de moedas “”especialmente porque vários países vêm desvalorizando suas divisas a fim de ganhar competitividade. “Por outro lado, nossos grandes parceiros comerciais vêm ganhando terreno. Os EUA, com energia mais barata; a Europa, com cortes no preço da mão e obra; e a China, com mais produtividade.”

Fonte: DM
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Varlei DisiutaVarlei Disiuta é graduado em Administração de Empresas, com Especialização em Marketing (pós-graduação). Atua na região Sul do Brasil e representa diferentes empresas mundiais, principalmente nos segmentos metalomecânico e plástico.

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