Fundição cobra controle dos importados

Representantes do setor preparam pauta de reivindicações para encaminhar ao Ministério do Desenvolvimento / Divulgação

Empresários do setor preparam pauta de reivindicações que será entregue ao ministro Armando Monteiro

A indústria de fundição de Minas Gerais, que vem "apanhando" da desaceleração da economia, perdendo postos de trabalho e encomendas e operando com metade da capacidade instalada, passa por uma de suas maiores crises. Frente a esse cenário, representantes do segmento preparam uma pauta de reivindicações que será entregue - junto com um documento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), abrangendo todo o parque produtivo mineiro - ao ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, nos próximos dias.

Uma das reivindicações do setor, conforme o presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga, é o aumento da fiscalização na entrada de produtos fundidos importados no país. Segundo ele, muitas mercadorias que usam peças fundidas, como motores, conjuntos de freios e embreagens, desembarcam no mercado doméstico sem serem considerados fundidos por uma questão de nomenclatura. E acabam prejudicando a produção estadual e nacional.

"Só no ano passado entraram 1,6 milhão de toneladas de fundidos no Brasil. Se dividirmos isso pelos principais polos produtores do país - São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina - poderíamos ter produzido aproximadamente o dobro dentro do Estado", calcula Gonzaga.

Conforme ele, no ano passado, a produção mineira de fundidos atingiu 697 mil toneladas, número praticamente 40% abaixo da registrada em 2013 e equivalente à de 2009, quando o setor atingiu o pior nível dos últimos 20 anos, em decorrência da crise financeira internacional, que começou em setembro de 2008. Além disso, produzindo nesse ritmo significa que o parque de fundição opera com apenas metade da capacidade instalada.

Outra reivindicação presente no documento que será entregue ao ministro do Desenvolvimento está relacionada à desburocratização das exportações de material fundido, que no momento atual, com dólar valorizado, poderia significar um alento para o setor. "Podemos focar na exportação porque temos competência e o câmbio está favorável. Mas é tanta burocracia que quem quer exportar acaba desistindo", afirma.

Além disso, as indústrias de fundição instaladas no Estado querem promover o associativismo. "O setor tem que trabalhar em conjunto para identificar maneiras de voltar a crescer", diz o dirigente da entidade. Conforme ele, a ideia é chamar o empresariado e mostrar a ele importância de ser associado ao sindicato da atividade. "Esse é o caminho. Não acredito que ninguém possa resolver o problema sozinho", pontua.

Gonzaga lembra ainda que o setor de fundição convive com um aumento na casa dos 40% nas contas de energia elétrica, o que prejudica ainda mais a competitividade das empresas, tanto no mercado interno quanto no externo, mesmo com o dólar valorizado em relação ao real, que poderia favorecer as exportações. "Temos que reajustar os preços, não tem como segurar", diz.

Depois de demitir pelo menos 4,7 mil trabalhadores em 2014 em todo o Estado, do começo deste ano até o início de março a indústria de fundição de Minas Gerais dispensou cerca de 450 pessoas só na região Centro-Oeste, um dos principais polos estaduais do setor. Além das demissões, o custo para recontratar e capacitar trabalhadores, em caso de recuperação da atividade e da própria economia, piora a situação.

Um dos motivos que levaram o setor a chegar a esse ponto, e que geram perspectivas pessimistas para as fundições mineiras neste ano, é o momento difícil pelo qual passa a indústria automotiva do país, que responde por aproximadamente 60% do consumo de fundidos no Brasil e em Minas, segundo Gonzaga.

Ao longo de 2014, frente às sucessivas quedas nas vendas e com nível de estoque elevado nos pátios, as montadoras instaladas no Estado anunciaram férias coletivas, lay off (suspensão temporária de contratos de trabalho) e programas de demissão voluntária, que reduziram a produção em 2015 e continuam a serem adotados.

Fonte: Diario do Comércio
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Varlei DisiutaVarlei Disiuta é graduado em Administração de Empresas, com Especialização em Marketing (pós-graduação). Atua na região Sul do Brasil e representa diferentes empresas mundiais, principalmente nos segmentos metalomecânico e plástico.

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