Canadense “caçador de diamantes” diz que há poucos em Rondônia e são de baixa qualidade

         

Após mais de duas décadas procurando diamantes em países africanos, o geólogo canadense Kenneth Wesley Johnson, 57 anos, está prestes a começar a extrair a pedra preciosa no sertão da Bahia.

Sobrevivente de duas guerras civis e malárias na África, Johnson investe R$ 137 milhões numa mina em Nordestina, a cinco horas de Salvador.

Leia abaixo o depoimento.

O meu pai era cardiologista e queria que eu seguisse seus passos. Cheguei a cursar um ano de medicina, mas gostava mesmo de atividades ao ar livre. Fiz uma aula de geologia e gostei. Sonhava viver aventuras.

Nasci em Windsor, no Canadá, fronteira com os EUA. Quando me formei em geologia, era 1982 e comecei a trabalhar explorando ouro, cobre e metais básicos no Canadá. Uma década depois, houve grandes descobertas de diamantes no mundo.

Eles são encontrados em lugares como África Central, Rússia e Brasil. É preciso uma formação rochosa bem específica. A empresa em que eu trabalhava decidiu me enviar para a África. Desembarquei na República Centro-Africana em 1994. Fui explorar diamantes numa montanha 300 km ao norte de Bangui, a capital. De carro levava um dia e meio para percorrer essa distância. É o lugar mais pobre da Terra.

Vivi dez meses em uma casa de palha no meio da floresta. Dormia no chão. Para comer, além de pescar, caçava porco do mato com um velho rifle. Eu sabia usá-lo porque no Canadá você precisa se defender dos ursos. Para beber, era água e vinho barato.

Trabalhava de domingo a domingo. Depois de meses comecei a sentir febre, dores. Demorei dias para entender que tinha malária. Anos mais tarde, tive de novo. Tenho malária no sangue até hoje. Durante um voo, em 1995, vi garimpeiros num rio entre duas montanhas. Pedi a localização ao piloto e comecei a estudar a geologia da região. Quando chove, o ouro se solta das montanhas e desce o rio. Segui o caminho contrário: subi as montanhas.

Descobri lá um depósito de 1,5 milhão de onças de ouro, chamado Passendro. Vendi para a empresa canadense Axmin, mas não foi para a frente por causa das guerras. No Zaire [atual Congo], estávamos explorando uma mina no rio Tshikapa quando o ditador Mobutu Sese Seko foi assassinado. Cruzamos o rio sob fogo cruzado até Brazzaville, onde nos instalamos no hotel Hilton e ficamos em relativo conforto ouvindo a guerra do outro lado do rio.

O filme “Diamante de Sangue” é bem preciso. Vi coisa parecida na República Centro-Africana. Jovens e pobres eram colocados para procurar diamantes. Os compradores ofereciam comida, rádio de pilha, o que criava uma dívida. Passavam a trabalhar como escravos para pagá-la. A minha experiência no continente africano durou duas décadas e não foi bem-sucedida. Não desenvolvi uma mina de classe mundial.

Segui então para a Venezuela, mas em dez dias entendi que eles não respeitam a propriedade privada. Decidi buscar um novo lugar.

Fonte: RondoniaDinamica
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Varlei DisiutaVarlei Disiuta é graduado em Administração de Empresas, com Especialização em Marketing (pós-graduação). Atua na região Sul do Brasil e representa diferentes empresas mundiais, principalmente nos segmentos metalomecânico e plástico.

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