Comparando o resultado obtido no segundo trimestre deste ano com os três meses anteriores, a receita operacional líquida da Usiminas diminuiu parcos 0,1%. Entre janeiro e março de 2015, a multinacional brasileira registrou receita operacional líquida de R$ 2,680 bilhões.
No período entre janeiro e junho deste ano, a receita operacional líquida acumulada pela empresa foi de R$ 5,357 bilhões, valor 14,3% menor que a receita operacional líquida registrada durante o primeiro semestre de 2014 (R$ 6,249 bilhões).
Já nos últimos doze meses, a receita operacional líquida acumulada pela empresa foi de R$ 10,850 bilhões, valor 7,6% menor que a receita operacional líquida registrada durante o ano exercício de 2014 (R$ 11,742 bilhões).
A receita operacional líquida é o mais importante indicador de crescimento de uma empresa, pois é fácil de calcular e não sofre influências de fatores atípicos e não recorrentes nas demonstrações financeiras da companhia. O cálculo da receita operacional líquida é realizado através da dedução de todos as contas redutoras da receita bruta obtida pela companhia. As contas redutoras são: devoluções de vendas, descontos comerciais e impostos incidentes sobre vendas (PIS, COFINS, ISS e ICMS).
Através da Ferramenta Método Sempre desenvolvida pela ADVFN, o maior portal virtual brasileiro de cotações de bolsas de valores nacionais e internacionais, o investidor tem acesso à evolução do patrimônio líquido consolidado da Usiminas nos últimos cinco anos, assim como à taxa de crescimento do patrimônio líquido consolidado entre os períodos avaliados, à taxa média de crescimento do patrimônio líquido consolidado anual e à atualização trimestral do patrimônio líquido consolidado.
Essas são informações essenciais para o investimento consciente em ações, pois um investidor de sucesso não investe em empresas que não apresentam um crescimento histórico consistente, assim como não deixa de avaliar, a cada divulgação de resultado trimestral, os fundamentos da empresa cujas ações decidiu investir.
Setor de Mineração da Usiminas no 2° Trimestre de 2015
A redução da demanda chinesa e a abundante oferta de minério de ferro continuaram a pressionar negativamente os preços PLATTS, que alcançaram, na média, US$ 58,4/t no segundo trimestre de 2015, contra US$ 62,4/t no primeiro trimestre de 2015 (62% Fe, CFR China), queda de 6,3%. Segundo o CRU Metals, alguns movimentos de saídas de players menores do mercado foram registrados, entretanto ainda há uma grande incógnita quanto à permanência no mercado para os demais que estão registrando perdas.
No segundo trimestre de 2015, o volume de produção totalizou 1,0 milhão de toneladas, 30,9% inferior ao do primeiro trimestre de 2015, em linha com o objetivo de controle de capital de giro e redução de estoques. O volume de vendas registrado foi de 1,2 milhão de toneladas, contra 1,1 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2015, um acréscimo de 5,9%, principalmente devido ao aumento de vendas para produtores locais de gusa.
Desde o início de 2015 evidenciou-se queda significativa dos preços de minério de ferro, em função da diminuição das expectativas com relação ao crescimento global do PIB, decorrente da menor atividade do setor de construção na China, aliado ao aumento significativo da capacidade de produção de minério de ferro, principalmente vindos da Austrália. Após um ano de redução de preços, no 1o semestre de 2015, houve uma queda adicional de 17% nos preços de minério de ferro (62% Fe, CFR China). Diante da piora das expectativas quanto ao preço futuro do minério de ferro, a companhia reconheceu redução de R$ 985,0 milhões no valor dos seus direitos minerários (R$ 868,0 milhões na Mineração Usiminas S.A. e R$ 117,0 milhões na Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.). O valor em uso da Unidade de Mineração foi atualizado para refletir as melhores estimativas da Administração sobre o preço futuro do minério, com base em projeções de mercado. Tal avaliação mantém-se sensível à volatilidade dos preços da commodity e eventuais alterações nas expectativas de longo prazo poderão levar a futuros ajustes no valor reconhecido.
A taxa de desconto aplicada nas projeções de fluxos de caixa futuros representa uma estimativa da taxa que o mercado utilizaria para atender aos riscos do ativo sob avaliação. A taxa nominal em Real utilizada foi de 11,9% ao ano. A companhia considerou fontes de mercado para definição das taxas de inflação e câmbio utilizadas nas projeções dos fluxos futuros. A taxa de inflação brasileira estimada de longo prazo foi de 4,5% ao ano. Para a projeção das taxas anuais de câmbio (real brasileiro/dólar norte-americano), foram consideradas as taxas de inflação norte americana e brasileira de longo prazo. Os preços projetados para o minério de ferro (62% Fe, CFR China) foram entre US$ 57/t e US$ 74/t. Os preços utilizados no cálculo dos fluxos de caixa futuros encontram-se dentro do intervalo das estimativas publicadas pelos analistas de mercado.
A receita líquida totalizou R$ 109,2 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 117,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, inferior em 7,4%. Embora tenha havido uma desvalorização cambial média de 7,1% no período, houve queda de 15,5% no preço PLATTS médio do minério de ferro (62% Fe, CFR China), ajustado para o período de formação de preços de venda da Mineração Usiminas. Adicionalmente, houve maiores deduções da receita bruta relativas a contratos de frete doméstico com condições take or pay, que passaram de R$ 1,2 milhão no primeiro trimestre de 2015 para R$ 11,6 milhões no segundo trimestre de 2015.
Setor de Siderurgia da Usiminas no 2° Trimestre de 2015
O World Steel Association – WSA prevê que o consumo aparente de aços atinja 1.544 milhões de toneladas em 2015, com alta de 0,5% em comparação a 2014. Para as economias desenvolvidas, o destaque é a expectativa de recuperação com crescimento de 2,1% do consumo na União Europeia e a manutenção do consumo nos EUA, mesmo após o forte crescimento de 11,7% em 2014. Para as economias emergentes, a expectativa é de alta de 2,8%, impulsionada pela Índia, cujo consumo deve crescer 6,2%. A China, maior consumidor mundial com 707,2 milhões de toneladas, deve reduzir seu consumo em 0,5%, a primeira redução desde 1995. O Brasil terá o pior desempenho dentre os emergentes. O Instituto Aço Brasil – IABr prevê queda do consumo aparente no Brasil de 12,8% em 2015, com recuo de 14,0% para aços planos.
O mercado brasileiro consumiu 3,3 milhões de toneladas de aços planos no segundo trimestre de 2015, sendo 81% do volume fornecido pelas usinas locais e 19% por importações. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, o consumo recuou 17,5%, principalmente por causa da retração de 21,1% das vendas das usinas locais, enquanto as importações se elevaram em 1,6%.
A forte queda no consumo brasileiro ocorreu de forma generalizada em todos os segmentos consumidores em decorrência da forte desaceleração da atividade industrial no período. A falta de visibilidade no cenário econômico e os prognósticos menos otimistas acerca da recuperação da economia no curto prazo levaram os clientes a reduzirem compras, ajustarem estoques e postergarem investimentos.
Setor de Transformação do Aço da Usiminas no 2° Trimestre de 2015
A Soluções Usiminas atua nos mercados de distribuição, serviços e tubos de pequeno diâmetro em todo o país, oferecendo a seus clientes produtos de alto valor agregado. A empresa atende diversos setores econômicos, tais como automobilístico, autopeças, construção civil, distribuição, eletroeletrônico, máquinas e equipamentos, utilidades domésticas, dentre outros.
As vendas das unidades de negócios Distribuição, Serviços/Just In Time e Tubos foram responsáveis por respectivos 51%, 41% e 8% do volume total de vendas do segundo trimestre de 2015.
O contexto da distribuição continua sendo de grande concorrência com o aço importado. Com a queda dos preços internacionais do aço, as importações no Brasil cresceram ao longo do segundo trimestre de 2015, principalmente provenientes da China.
No segundo trimestre de 2015, a receita líquida foi de R$ 475,8 milhões contra R$ 539,7 milhões no primeiro trimestre de 2015, 11,8% inferior, devido ao menor volume de vendas e serviços.
Setor de Bens de Capital da Usiminas no 2° Trimestre de 2015
A Usiminas Mecânica é uma empresa de bens de capital no Brasil que atua em estruturas metálicas, naval e offshore, óleo e gás, montagens e equipamentos industriais e fundição e vagões ferroviários.
Foram assinados aditivos de contratos para serviços adicionais para a Vale e Anglo American permitindo que sua carteira de pedidos totalizasse R$ 700,0 milhões, mesmo diante do cenário recorrente de falta de investimentos no país.
No segundo trimestre de 2015, a receita líquida foi de R$ 229,7 milhões, contra R$ 210,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, uma elevação de 9,0%, devido ao maior volume fornecido pelas áreas de montagens e equipamentos.
Usiminas
A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais – Usiminas S/A, uma das maiores indústrias de siderurgia do Brasil.
A Usiminas atua em quatro áreas de negócio: mineração e logística, siderurgia, transformação do aço e bens de capital. A empresa também opera uma unidade especial de vendas, onde alguns produtos especiais gerados durante o processo da fabricação do aço são colocados à venda.
De um modo geral, a Usiminas extrai o minério de ferro e o transforma em aço. Também processa o produto de acordo com as solicitações do cliente, oferece serviços de transporte rodoviário, ferroviário ou marítimo e entrega produtos acabados, como equipamentos e estruturas metálicas.
Seus produtos são fornecidos para os segmentos da construção civil e de eletrônicos, assim como também para os segmentos de construção naval, tubos, eletrodomésticos, embalagens, máquinas e equipamentos, automóveis e peças para automóveis. Produz chapas grossas, tiras a frio, tiras a quente, revestidos e outros produtos relacionados. A empresa exporta seus produtos para a China, Colômbia, Chile, Tailândia, Estados Unidos e Argentina.
Ferramenta Método Sempre
Através da Ferramenta Método Sempre desenvolvida pela ADVFN, o maior portal virtual brasileiro de cotações de bolsas de valores nacionais e internacionais, o investidor tem acesso à evolução do patrimônio líquido consolidado da Usiminas (USIM3, USIM5 e USIM6) nos últimos cinco anos, assim como à taxa de crescimento do patrimônio líquido consolidado entre os períodos avaliados, à taxa média de crescimento do patrimônio líquido consolidado anual e à atualização trimestral do patrimônio líquido consolidado.
A Ferramenta Método Sempre também disponibiliza essas mesmas informações para outros indicadores fundamentais, essenciais para o investidor que deseja selecionar conscientemente as ações de empresas que comporão seu portfólio de investimento: receita operacional líquida, ativo total, patrimônio líquido consolidado, dividendos e juros sobre capital próprio, valor de mercado atual, último valor de mercado anual, valor de mercado mínimo anual, valor de mercado máximo anual, diferença média entre as cotações das ações ordinárias e preferenciais, índice preço/valor patrimonial (P/VP), dividend yield (DY), endividamento simples (passível exigível/ativo total), payout (dividendos/lucro líquido), índice preço/lucro (P/L) atual, índice preço/lucro (P/L) anual, índice preço/lucro (P/L) mínimo e índice preço/lucro (P/L) máximo.
Além disso, o investidor tem acesso à projeção do valor de mercado da companhia nos próximos cinco anos, caso a empresa consiga, ao menos, replicar a rentabilidade média obtida nos cinco anos anteriores. A ferramenta também calcula automaticamente qual será o ganho médio patrimonial do investidor nos próximos cinco anos, caso ele opte por comprar hoje as ações da companhia, caso a companhia mantenha o mesmo ritmo de geração de receita e caso o investidor reinvista todos os dividendos e juros sobre capital próprio pago pela companhia na compra de novas ações.